Em 1916, Filósofo Brasileiro
Faz um Manifesto Pela Sinceridade
 
 
Farias Brito
 
 
 
 
 
Nota Editorial de 2017
 
Visto por alguns estudiosos como o principal filósofo brasileiro, Raimundo de Farias Brito nasceu em 24 de julho de 1862 e morreu em 16 de janeiro de 1917.
 
Desde 1911 Brito teve a intenção de publicar uma revista mensal. Quando finalmente o fez, em novembro de 1916, o número 1 de “O Panfleto” assumiu a forma de um desabafo frontal contra a mediocridade e a falta de ética que o rodeavam. O filósofo perdera a paciência. Como esforço por ensinar, o gesto não foi eficiente.
 
O texto foi incompreendido por quem o leu. A repercussão negativa foi tão forte que Brito tratou de recolher os poucos exemplares que distribuíra. A decepção fez culminar os efeitos de um processo de boicote que ele sofria há anos. O desgosto foi um dos fatores que aceleraram a chegada da morte física do pensador, cerca de dois meses depois.
 
A amplitude e a veracidade do enfoque de Farias Brito em relação à vida e ao mundo tornava-o politicamente incorreto. O pensador era demasiado ético para o seu tempo. Contrariava os dogmas do cristianismo, de um lado, e do materialismo positivista, de outro. Sua visão da humanidade era teosófica. A Loja Independente de Teosofistas o considera um pioneiro da filosofia esotérica.
 
Ao longo do século vinte, a obra britiana continuou a ser atacada sutil ou frontalmente por católicos, positivistas e ainda marxistas. Estes últimos cresceram em número e influência a partir da década de 1920. Quanto aos meios esotéricos, com algumas exceções, os livros de Brito foram ignorados pela Sociedade Teosófica de Adyar.
 
Brito não chegou a estar na moda, e jamais surgiu uma escola de pensamento baseada na sua obra, mas sempre teve defensores. Seus livros nunca deixaram por muito tempo de ser reeditados. A grandeza deste pensador é inegavelmente marcante e suas obras constituem no século 21 uma referência para o mundo lusófono.
 
 
 
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Clique para ter acesso a outros textos e livros de Farias Brito.
 
Veja a obra “Farias Brito e a Reacção Espiritualista” de Almeida Magalhães, edição de 1918.
 
Examine a principal biografia do pensador, “Farias Brito, o Homem e a Obra”, de Jonathas Serrano. Leia um dos melhores livros já escritos sobre ele: “Farias Brito”, de Nestor Victor.
 
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Em setembro de 2016, depois de cuidadosa análise da situação do movimento esotérico internacional, um grupo de estudantes decidiu formar a Loja Independente de Teosofistas, que tem como uma das suas prioridades a construção de um futuro melhor nas diversas dimensões da vida.
 
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